Parece tudo tão normal, tudo tão irreal. Sim..., parece...parece mesmo. Quer saber de uma coisa? Não é, nada é igual a ontem, nem antes de ontem, semana passada ou ano passado.
Como na noite que o Disco cor de abóbora esteve a metros de minha cabeça. Como na noite em que Sofia e eu vimos a Sonda tão perto. Como na noite em que Pedro e eu vimos o Triangulo sobre o Pão de Açucar de Barão ou mesmo naquela outra noite em que surgiu do nada sob nossos olhos. Como em cada um destes inigualáveis momentos, cada segundo que nos ocorrem são diferentes.
Saudosismos a parte, gostaria de reviver alguns momentos. Gostaria que meus amigos voltassem a me visitar. Queria falar com eles. Queria ouvir seus conselhos. Queria saber como vão. Queria saber o que querem. Queria vê-los em consciência, frente a frente, mesmo que fosse sentados no lugar mais distante que poderíamos ir. Queria que o Águia Latina saisse do seu mais profundo e longo silêncio. Tudo o que ele disse aconteceu...Meu amigo: Até quando vai se torturar neste seu auto exílio? Corage..., Corage!
Assim como não temos controle sobre a propagação de nossos pensamentos, por alguma razão, o tempo segue em linha direta e em qualquer direção do espaço infinito. Gostaria de poder controlar isso. Gostaria de estar em outra circunstância. De viver a maior de todas as experiências e de estar além deste período. Gostaria que certos acontecimentos não fossem assim tão inconsistentes e contraditórios. O tempo fica muito impróprio e indesejável.
Sim..., tenho a convicção dos sentidos da natureza e o conhecimento da importância das utopias, mas ....e daí? Há tantos segredos nesta jornada. Tanto a ser desvendado. Não se pode afirmar que se tem a sabedoria porque o Tempo é como um Deus que refaz tudo em cada novo segundo.
É por isso que ontem foi ontem, ainda pode ser hoje e talvez pode voltar a ser amanhâ.
A lnha do tempo é como um passo que você dá numa caminhada. Nunca se sabe o que há além da curva. Numa hora você vira uma esquina e aí tudo pode acontecer.
Sim..., decidi caminhar mesmo na insegurança e incerteza de meus passos. Resolvi caminhar mesmo na fragilidade do que sinto. Porque a vida não permite a espera daquela primavera. Porque a Primavera pode não vir em setembro e porque o Outono sempre foi uma estação dos Ipês.
Eu sei que estas palavras estão fora de órbita. Que isso tudo não é desta realidade. Só estou tentando tocar aquela estrela distante que refugiou na mais logincua Galáxia. São só palavras e pensamentos soltos ao acaso no espaço infinito. Quem dera leve há um tempo em que possa rir e me divertir dos sentidos que podem ter.
Será que alguém aí pode ter a ousadia de dizer o que estou tentando dizer? Seria bacana ler sobre isso, Rs!