Abracei o cobertor até sentir que o último segundo tinha virado passado. Revirei por vezes na cama em busca de uma idéia falsa de que não era este o dia do retorno. Por vezes clamei que era domingo. Noutros minutos, imaginei que era umas 6 horas. Me enganei o quanto pude e fui vencido pelo fato: era segunda, tinha passado das 7:40 e corria sério risco de não conseguir cumprir minha vontade de ir respirando o ar e sentindo a beleza do caminho de mais este belo dia de sol. Já estava de olhos abertos, deixei ser levado pelo prazer de um café no ponto o que gerou uma ânsia de tê-lo na xicara. Quando dei por mim, estava diante do fogão com àgua burbulhando. Foi a conta de pô-la a se misturar no pó e se deliciar. "Cada dia mais perfeito", é meu pensamento, seguido do tradicional: "isso não é nada bom para o que eu pretendo", resmungando sobre coisas não resolvidas. Logo após o banho, o ritual da roupa a ser vestida, o perfume, dei exatos 2897 passos segundo as contas do sony ericsson, 33 minutos depois da saída de casa, caminhando pelas ruas e jardins até aterrisar diante da mesa onde trabalho na secretaria de pós. "Não era há 15 dias atrás, era hoje"...
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