Uma gota no oceano, perdido, sem destino, na vontade das ondas. No sol, na chuva, às escuras. Sob frio, sob calor. Como as folhas de outôno, caindo e voando nos sentidos dos ventos. Como o som, viajando no vácuo, no barulho das coisas. Como o tempo que passa, sem rumo ou data. Segue-se, sem barco, apêgo ou porto. Horizontes sem fim, abismo no universo, rotas sem caminhos. No olhar das estrêlas, alegrando-se com as luzes da noite, entristecendo-se com a solidão das manhãs. À deriva como a poeira que se vai, como uma formiga na floresta, ou grão na plantação. Sem guias, numa aventura, em cada vida. Não afoga-se, mar revolto, tempestades se aproximam. Gritas: Venhas! Venhas! As ondas sufocam, falta o ar, arremessado na areia, de volta na ilha, à deriva...em cada dia!
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