A Polícia Federal encontrou nas dependências da Granja de Águas Claras,
residência oficial do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda
(ex-DEM), dinheiro cuja série numérica é a mesma de um lote de cédulas
apreendidas em duas empresas (Vertax e Adler) acusadas de bancar o esquema de
corrupção que ficou conhecido como "mensalão do DEM". Em outro endereço, os
investigadores descobriram com um ex-assessor de Arruda notas previamente
marcadas com uma tinta invisível para identificar os destinatários da
propina.
Em 11 de dezembro, quando foi deflagrada a
Operação Caixa de Pandora, cédulas da série A3569 foram encontradas no gabinete
de um assessor de Arruda, situado na residência oficial, e na sede das empresas
Vertax e Adler, que mantêm contratos com o governo do Distrito Federal na área
de informática e são apontadas como importantes fontes de abastecimento do
esquema.
Na residência oficial, o dinheiro foi
apreendido na sala de trabalho de Fábio Simão, então chefe de gabinete de
Arruda. Homem de extrema confiança do governador, Simão foi demitido após a
operação.
A informação consta de relatório encaminhado
pela Polícia Federal ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), com o resultado das
buscas realizadas no dia da operação. A descoberta reforça ainda mais as provas
sobre os laços financeiros entre o grupo de Arruda e as empresas prestadoras de
serviço. A suspeita é de que o dinheiro encontrado na residência oficial seja
proveniente do caixa dessas empresas.
Tinta invisível
O mesmo relatório da PF contém outros dados que
atestam a ligação entre o círculo íntimo do governador e as empresas apontadas
como fornecedoras de propina ao esquema. O documento revela que parte da verba
recebida das empresas e distribuída pelo ex-secretário Durval Barbosa, que se
transformou no pivô do escândalo ao gravar e denunciar as negociatas, foi
encontrada na casa de Domingos Lamoglia, ex-assessor pessoal de Arruda nomeado
por ele como conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal.
Novamente, nesse caso, é a Vertax que aparece
como fonte do dinheiro. Segundo o relatório, as cédulas encontradas na
residência de Lamoglia fazem parte de um lote de R$ 600 mil que Barbosa recebeu
das empresas, a título de propina, para repassar a outros integrantes do
governo.
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