Folha de São Paulo e seu Data Furado está mais desmoralizado do que FHC e seu candidato Zé Pedágio. Confira abaixo o artigo, do diretor presidente do Instituto de pesquisa Vox Populi, que não só apresenta dados consistentes que desqualificam a última pesquisa do Data Folha como também questiona a ética do jornalismo da Folha de São Paulo. Fica evidente que a Folha atuou como militante de Serra na última pesquisa com a intenção de animar a turminha golpista da mídia demotucana. É uma vergonha que um instituto de pesquisa feito o Data Folha se sujeite a sujeira com a clara intenção de manipular a opinião pública. Bom, pelo menos, já estamos vacinados: A Folha não tem moral nem credibilidade pra fazer pesquisa com a finalidade de medir com impacialidade as intenções de voto. (Nota do blogueiro Miguel)
6 abril 2010
Por Anselmo Massad, Rede Brasil Atual
“Quem tem de se explicar é o Datafolha”, afirma João Francisco Meira, diretor-presidente do Vox Populi. Ele critica ainda a Folha por não ouvir o instituto ao questionar sua metodologia
São Paulo – Diante dos questionamentos a respeito dos resultados da pesquisa eleitoral do Vox Populi, o diretor-presidente do instituto João Francisco Meira critica a cobertura da Folha de S.Paulo e enseja ir ao ataque. “Quem tem de se explicar é o Datafolha”, afirma em entrevista à Rede Brasil Atual.
Divulgada no sábado pela Band, o levantamento mostrou ascensão da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, que empatou tecnicamente com o nome do PSDB ao cargo, José Serra. O ex-governador de São Paulo aparece com 34% das intenções de voto contra 31% da ex-ministra da Casa Civil. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Um dos principais questionamentos ao levantamento do Vox Populi diz respeito à ordem das perguntas. Primeiro, os entrevistados eram interrogados sobre o conhecimento prévio dos pré-candidatos. Depois, demandava-se a intenção de voto. “Nossos levantamentos são feitos da mesma forma há anos, sem alteração”, defende-se Meira.
Admitindo-se irritado com “essa conversa sobre nosso questionário”, ele defende a opção adotada pelo instituto. “Quem disse que perguntar sobre o conhecimento do candidato influencia na intenção de voto? O contrário é que sim”, critica.
Para o cientista político, a ordem é necessária porque as questões sobre a preferência do eleitor incluem apresentar diferentes listas de candidatos aos entrevistados. Depois de ler os nomes nas cartelas, os participantes poderiam dizer que ouviram falar de um dos concorrentes apenas porque viram seu nome entre as opções apresentadas.
A diferença de metodologia entre os realizadores de pesquisas eleitorais poderiam ser reduzidas, na visão de Meira, com diálogo entre as empresas, mas não há disposição para isso. “É uma discussão que deveria estar no plano técnico mas, por uma opção editorial, dão outro rumo”, lamenta.
“O Vox Populi tem um modelo, falamos na casa das pessoas, damos tempo para elas responderem, nossas pesquisas podem ser auditadas a qualquer tempo”, pondera. “O Datafolha faz entrevistas na rua, sem verificar se a pessoa mora mesmo na cidade”, compara.
Meira lembra que outros institutos como o Sensus e o Ibope trouxeram tendências semelhantes às contatadas pelo Vox Populi. Ainda segundo ele, o único com dados divergentes foi o Datafolha. “Na pesquisa de março, (os técnicos do Datafolha) não publicam detalhes, e as explicações que deram não batem”, critica. As mudanças no cenário, relacionadas ao fim dos problemas com as chuvas em São Paulo e o crescimento sem causas específicas na região Sul foram as razões apresentadas pelo Datafolha.
Segundo Meira, a principal diferença entre os institutos é que o Datafolha faz parte de um grupo de comunicação que tem um jornal de grande circulação. “Não posso brigar com um jornal como esse”, sustenta. “Enviamos uma nota ainda no sábado para o jornal (Folha), mas nenhuma linha foi publicada. Queria saber se o manual de jornalismo que eles dizem respeitar está sendo respeitado neste caso”, ataca.
Apesar das duras críticas, Meira defende que os quatro principais institutos de pesquisa do país têm capacidade de projeção semelhante nas proximidades do pleito. Para isso, cita estudos de Marcos Figueiredo, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj).
Resultados
Para João Francisco Meira, o levantamento de abril é um marco no processo de campanha porque é o último produzido antes da desincompatibilização dos candidatos. Nas próximas edições, os eleitores lidarão com personalidades na condição de pré-candidatos e não ministro ou governador – no caso dos dois primeiros colocados. “Agora, ambos estão livres da condição de mandatários para se movimentar em debates pelo país ou dar entrevistas na TV e no rádio”, aposta.
Em relação a Dilma e Serra, os percentuais estão relacionados à projeção obtida nas propagandas políticas obrigatórias de seus respectivos partidos. De um lado, a pré-candidata petista conseguiu um importante embalo pela exposição da propaganda partidária de dezembro. Mais recentemente, recebeu um impulso ligado ao maior conhecimento de que seu nome é endossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do outro lado, José Serra conteve a queda também por contar com maior espaço nas inserções de TV e rádio.
Esse conjunto, segundo Meira, explicaria os quatro pontos percentuais a mais recebidos por Dilma e a estabilização de Serra.
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