quarta-feira, 15 de junho de 2011

Hoje foi isso, amanhã será aquilo!

Acontece umas coisas estranhas que é difícil explicar. Eu tendo sempre a dizer que é irreal, que isso é um evento natural. Um simples acaso e que não há nada de sobrenatural ou qualquer sinal disso ou daquilo. No fundo, quero combater ilusões e manter firme a idéia de que tudo é o que é e que nada mais é como antes. Eu sei que é uma forma negativa de ver as coisas, mas é muito melhor do que viver no mundo dos sonhos e ficar achando isso ou aquilo.

Sofia me ligou e eu sabia que tinha que ir ao Dalben antes do inicio do coral as 19hs. Deu 17:20 e fui pra lá. Não gosto muito de estacionar dentro do mercado, é um trabalhão entrar e sair, então acabo estacionando em frente, digo quase em frente, ao lado do sinal e paralelo a loja dos galões d'água. Lá, nesta rua, têm duas coisas que adoro muito: uma é a facilidade pra sair e a outra é o Ipê rosa bem em frente donde estaciono.

Noutras vezes fico me recriminando por não estar com a máquina fotográfica, mas desta vez foi diferente e trouxe dentro daquela bolsa de couro que ganhei em Berkeley.  E, portanto, assim que parei, fechei o Suzuki, abri a bolsa, peguei a máquina, liguei, mirei e fotografei. Tava um pouco escuro e as luzes da rua não tinha acendido ainda. Fiquei frustrado porque a fotografia não captou o rosa forte das florês do Ipê e enquanto olhava as fotos escuras do Ipê fui surpreendido por fotos que não devia estar lá. Na verdade, eram fotos que nem eu tinha visto ainda. Pensei: "meu Deus, o que é isso? Uma conspiração eletrônica, só pode ser!" Lembrei que no domingo tinha deletado todas as fotos, a memória estava limpa e de onde tinha vindo aquelas imagens?

Passado o choque, continuei caminhando pro Dalben, cruzei a avenida, transitei meio pasmo em cada passo que me faltava entre o sinal e a entrada. Por um instante eu parei, coloquei a mão na cabeça, olhei pra cima e vi a Lua surgir toda clara e cheia, então eu pude ver a magia toda em torno deste ambiente. "Oras, só pode ser isso: Uma conspiração de forças que insistem em chover no molhado". Suspirei fundo, pensei novamente que tudo era "surreal", imaginação boba, idiotice aguda e entrei no mercado, fiz as compras e fui pra casa em direção a Sofia, meu grande e real tesouro.

Ao voltar do mercado, nem fiz questão de abrir a máquina de novo. Do retorno ao Ipê, à entrada no Suzuki, passando pelo centro de Barão no transito lento e cheio das 18:30, só vi o portão se abrindo na chegada em casa na Vila Sta. Isabel. Foi como se estes momentos não tivessem existido. De-repente já estava em casa preparando um jantarzinho artificial, gostoso e rápido pra mim e Sofia.

Depois, deixei Sofia na entrada do IA. A noite já tinha chego fortemente, mas estava clara porque a Lua se impunha, embora tivesse o eclipse lunar que só mais tarde eu ficaria sabendo. Na dúvida: Entre vir pra casa pra esperar as 21hs, horário de buscar a Sofia, ou ir pra Adunicamp pra ver aquele chorinho: Venceu o chorinho e lá estava eu tomando aquele vinho chileno gostoso e curtindo um papo com os velhos amigos de longas lutas. Neste período, o tempo voou, chegou as 20:50, mal deu pra ver o inicio do choro e já  voltei  ao IA pra buscar a Sofia.

Sobre o fenômeno, o que lamento mesmo é que o Ipê foi ofuscado pela chegada da noite e suas florês rosas ficaram mais uma vez pra registro noutro dia. 

Enfim, nem tudo pode ser perfeito, hoje foi isso amanhã será aquilo e eu poderei ter sucesso em seqüestrar pra sempre a imagem linda daquela paisagem. Isso sim me interessa, o resto não é nada!

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